terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Para minha amiga secreta LENI MARTINS.








Desencanto






Eu faço versos como quem chora

De desalento...de desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.





Meu verso é sangue. Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.

E neste versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.

-Eu faço versos como quem morre.



[Manuel Bandeira]

Um comentário:

Leni Martins disse...

Nossaaa lindo poema....
este amigo secreto tem bom gosto...
tô gostando de ver rsrsrsr...e curiosa tamb.
Obrigado amigo pelas flores em uma carroça...eu pintei um tema como este...ficou lindo.
Mil beijuusss