
É Natal
Amargura-me ter que assistir
Testemunhar esta bravata
Essência visceral da hipocrisia
O homem, verdugo infiel,
Celebrar o nascimento
Daquele que assassinou
Em ato de cruel covardia.
Contemplar os fogos espocarem
No manto enlutado da noite
Enquanto lágrimas sangrentas
Vertem pelo talho aberto
No peito do Divino Salvador
O homem tripudia sobre seu legado
Veste a toga de fiel abnegado
Mas suja-se com a usura
Conspurca os ensinamentos
Envenena a todos incautos
Com seu logro fraudulento.
É Natal! Noite de paz
Mas o homem vive a guerra
Almeja a selvageria
Tende a ser escravo
De sua conduta desleal
De sua escolha imoral
Que o impele à morte
Desgraçada consorte...
...
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