quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

PARA MEU AMIGO SECRETO GLAUBER VIEIRA




É Natal



Amargura-me ter que assistir
Testemunhar esta bravata

Essência visceral da hipocrisia

O homem, verdugo infiel,

Celebrar o nascimento

Daquele que assassinou
Em ato de cruel covardia.
Contemplar os fogos espocarem
No manto enlutado da noite

Enquanto lágrimas sangrentas
Vertem pelo talho aberto
No peito do Divino Salvador

O homem tripudia sobre seu legado

Veste a toga de fiel abnegado

Mas suja-se com a usura

Conspurca os ensinamentos

Envenena a todos incautos
Com seu logro fraudulento.



É Natal! Noite de paz
Mas o homem vive a guerra
Almeja a selvageria
Tende a ser escravo

De sua conduta desleal

De sua escolha imoral

Que o impele à morte
Desgraçada consorte...


...

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